A coletânea brisada da Voodoohop é para você fazer yoga no pasto; ouça

Jade Gola
Por Jade Gola

Voodoohop news: o coletivo comandado pelo alemão-nômade Thomash Haferlach tem novidades para o público brasileiro, sempre carente de suas boas festas e encontros psicodélicos. Eles lançaram de maneira livre e pague-quanto-quiser na Internet uma primeira coletânea de produções autorais: a “Entropia Coletiva I“.

O disco chegou ao primeiro lugar dos charts de “downtempo” do Bandcamp e traz construções hipnóticas, rítmicas, orientalizadas e bem brisadas de gente como Carrot Green, Urubu, Psilosamples, EXZ, Peter Power e o próprio Thomash, entre outros, nomes que sempre nos line-ups das festas da Voodoohop.

Batemos um chat com Thomash, que falou mais sobre o disco e novos eventos do coletivo, como a Virada Cultural 2016 em Sampa. Eles retornam ainda às cachoeiras de Heliodora (MG) para mais um baile, a “Festa Psicodélica Genérica Escondendo Leitinho em Heliodora“, dia 26/05 (feriado de Corpus Christi), com line-up pesado de tão bom.

Como foi montar a compilação? Qual foi a temática e a atmosfera destacadas?

Como é a primeira coletânea nossa, preferimos não dar uma temática especifica, mas sim mostrar toda variedade sonora da Voodoohop. Pedimos músicas mais experimentais. Não é uma coletânea de música clube. O tempo das músicas varia muito, mas como o som em nossos eventos, é mais lento e agradável para ouvir em casa, lavando louça ou fazendo yoga num pasto.

Grande parte das músicas foram gravadas com instrumentos e não só através do computador, sempre misturando e brincando com essa mistura do orgânico com tecnológico.

Como será o lançamento, divulgação e distribuição dessa Entropia Coletiva I?

A gente não fez nenhum grande plano para o lançamento. Assim que conseguimos juntar as faixas, carregamos elas no Bandcamp, Soundcloud e postamos nas redes sociais. Decidimos deixar as músicas livres para baixar de graça com a opção de contribuir com qualquer valor.

O retorno foi ótimo. Nem esperávamos tanto. Até entramos no bestsellers em varias categorias do Bandcamp sem ter feito nenhuma “campanha” de marketing. Isso é um efeito maravilhoso das redes sociais. Sinto que elas ajudam muito artistas independentes de poder não envolver toda essa máquina industrial: record label, Beatport, iTunes, etc.

Por conta de tudo isso, estamos pensando em usar o retorno financeiro para lançar um vinyl da coletânea em breve.

Thomash, simpático, numa Voodoozinha que teve no Skorpios, um inferninho no centro de SP

Thomash, simpático, numa Voodoozinha que teve no Skorpios, inferninho no centro de SP

As pessoas parecem ter muitas saudades das festas e da “época” da Voodoohop. Como está o plano de eventos no Brasil e também no exterior?

O coletivo por algum motivo de força maior se espalhou para vários cantos do mundo. Para a Chapada Diamantina, Minas Gerais, Leipzig, Berlin e alguns de nós vivendo uma vida nômade.

Estamos tentando desenvolver maisoutras formas de encontros e de criação que saiam um pouco do âmbito da festa, que pode ser bem cansativo. Mas gostamos ainda de nos reunir para celebrar, essa Virada Cultural em São Paulo agora vai ser um reencontro entre todos nos e com a cidade muito importante!

O que vocês estão preparando para esta Virada?

Será uma Voodoohop bem em tradição das edições anteriores na Virada. Estamos focando em cenografia, luzes, projeções e como não tem Voodoohop ha um tempo em São Paulo, vai ser mais ou menos o núcleo da Voodoohop tocando. A gente não tem o line-up final ainda, mas a Cashu da Mamba Negra também vai ser presente

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