20 músicas novas que você deveria estar ouvindo agora

music non stop
Por music non stop

laia

lAqui no musicnonstop a gente gosta de nostalgias e de listas. Mas a gente também gosta de música nova, música fresquinha, aquela que está saindo do forno das engrenagens do pop, do underground e de dentro (e por fora) da indústria fonográfica. Aquelas músicas, canções, tracks e criações artísticas que apontam os zeitgeists musicais e culturais do momento.

Em mais uma lista, a gente dá um refresh no seu iPod desatualizado e lista as 20 músicas novas que mais chamaram a nossa atenção nas nossas pesquisas recentes. As seleções são de Claudia Assef e Jade Augusto Gola. Vem com a gente no play!

Holy Fuck – Tom Tom

Banda canadense de rock experimental, o Holy Fuck pode ir da ruidosidade noise à hipnose de muitas camadas de muitas guitarras empilhadas uma sobre as outras. “Tom Tom” é a primeira música nova deles em seis anos, tem uma pegada menos distorcida e mais White Stripes, e é o primeiro single do novo álbum “Congrats”, que acabou de sair. O clipe traz ainda paisagens e figuras humanas da distante e misteriosa Romênia.

 

NAO – Fool to Love

Cantora inglesa da nova e alternativa safra R&B de muito talento dos últimos anos, NAO lançou o clipe de seu primeiro e único single, “Fool to Love”. Quem gosta de AlunaGeorge, Katy B, FKA Twigs, SBTRKT e afins vai se amarrar no suingue e nas quebradas dos beats da cantora e seu R&B bem sensual, dançante e eletrônico.

 

Jessy Lanza – It Means I Love You

Falando em neo-R&B, não deixe de conferir o novo álbum da cantora canadense Jessy Lanza, “Oh No”. Gostamos de saber que nossa faixa predileta, “It Means I Love You”, é single e ganhou videoclipe. Mais uma vez produzida por Jeremy Greenspan, Jessy traz aquele ar de eletrônica lo-fi e um pouco blasé-romântica do Junior Boys, além de baladas boas para tocar na hora da transa a dois e outras músicas etéreas e contemplativas, que mesclam pop, dubstep e chapação.

 

Empress Of – Woman Is A Word

Vai ter muita mina talentosa sim nessa listinha! Empress Of é uma jovem e talentosa cantora e produtora de Nova York que faz indietrônica de qualidade, urbana e cheia de charme. Um microfone, ideias bem azeitadas na cabeça e temáticas femininas dão o tom da moça, que faz os próprios remixes de suas faixas.

 

Shit Robot – Ten Miles High

Ano de ouro pra DFA com o retorno do LCD Soundsystem e esse EP matador do irlandês Shit Robot, o “What Follows”, que já destacamos aqui e vale comentar mais uma vez. “Lose Control” é uma releitura atual e mais tech do que um dia já foi a disco punk nova-iorquina, e “Ten Miles High” tem mais de 7 minutos para você mixar de impensáveis maneiras, em suas construções deep e hipnóticas que são a cara de um bom after em clube.

 

Nuven – Surreal

Gustavo Teixeira aka Nuven é um produtor de eletrônica de São Paulo que vem lançando música pelo descolado selo indie Balaclava Records e que acabou de se apresentar num showcase do Primavera Sound, gigantesco festival de Barcelona. Em breve sai seu primeiro álbum e “Surreal”, como o nome bem diz, é bem bonita e de criativas construções eletrônicas, música que ele toca ao vivo e deve guiar a musicalidade de sua estreia em disco.

 

Pantha Du Prince ft. Queens – The Winter Hymn

Um dos artistas mais talentosos e únicos do minimal techno, Pantha Du Prince está de volta com seus sinos e beats sonháticos. “The Winter Hymn” é poética e traz os vocais angelicais e cheios de ecos de Queens para acentuar ainda mais o clima idílico, nostálgico e de tons pasteis da faixa, que estará no novo álbum “The Triad”. O clipe, cheio de reflexos de cristais e humanos em pose estranhas, é mais abstrato do que você pode imaginar.

 

Africaine 808 – The Awakening

Dois produtores alemães, munidos da Roland TR-808, transformam os poliritmos africanos e orientais em nova música sem fronteiras, hipnótica, perturbadora e dançante. “The Awakening” abre o primeiro álbum do Africaine 808, “Basar”, e é toda mística, espiralada em suas construções de música eletrônicas inspiradas em algum lugar perdido de Tombuctu. É leitura e apropriação europeia de ritmos distantes, bem nos moldes como os franceses da Acid Arab fazem bem.

 

Moderat – Running

Modeselektor e Apparat retornam para “III”, sua terceira parceria em álbum, um pouco mais polida em suas ambições pop eletrônicas. Os vocais parecem mais destacados que as bases, que ainda são neuróticas, e quem está decepcionado com o retorno “às raízes” melódicas do novo Radiohead pode gostar dessas novas músicas do Moderat, que são bem Thom Yorke clubber.

 

Róisín Murphy – Ten Miles High

Já falamos do novo clipe de Ms. Murphy, que é um caleidoscópico passeio por Londres. E não cansamos de registrar e ser fãs de uma cantora que passeia pela house music, pelo fashionismo pop, pela canzione italiana transformada em música eletrônica e tudo mais que tenha a cara de seu refinamento.

 

Floorplan – Tell You No Lie

Robert Hood deixa um pouco de lado as temáticas científicas do Detroit techno no projeto Floorplan, que em maio lançou o EP “Music” com um excelente edit disco. “Tell You No Lie” sampleia “Lovin’ Is Really My Game”, disco soul de 1978 de Betty Wright, numa house music bem 90s, cheia de violinos e clima de warm-up de festa descolada. Tem os momentos vocais, o hi-hat claro e agudo e os loops histéricos para você mixar com uma mais pesada. Classy!

 

Bingo Players – Lone Wolf

Vamos dar uma chance à EDM? “Lone Wolf” traz o mesmo talento de sampling disco/house do Floorplan acima, mas explode no serrotão bem muleke travesso, nos drops que lembram poperô do demônio dos anos 90 e já vem nos 128bpm bem pasteurizado pra você mixar no ponto do sync no Traktor. Porque é assim que grande parte da dance music nova é hoje em dia, e muita gente gosta.

 

Matmos – Ultimate Care II

Mais uma peça musical performática do que um álbum em si, “Ultimate Care II” é a criação musical em track única do Matmos baseado em barulhos e na experiência de uma máquina de lavar roupas (!!). A repetição mecânica e veloz das lavadoras já foi apropriada, de brincadeira, pelos internautas na música eletrônica, mas agora o Matmos faz isso a sério, como temática e a gente só faz ficar impressionado com tamanho surrealismo e criatividade.

 

Mahmundi – Hit

A carioca Mahmundi vem despontando como mais uma voz bem fresca e atual dos novos cantores brasileiros (pense em Jaloo, Alice Caimmy, Lineker, etc). “Hit” tem clima baleárico, fica linda numa mixtape ou até mesmo numa vinheta de propaganda ou de programa da Globo, mostrando a potência pop – de hit – da cantora, junto de seu talento e bom acabamento alternativo. Tomara que ela estoure!

 

Gary’s Gang ‎– Let’s Lovedance Tonight (Danny Krivit Re-Edit)

Essa não é novidade, mas quem disse que existe dance music 100% nova? A Rush Hour soltou em abril um repress desse incrível e sofisticado re-edit que Danny Krivit, lenda nova-iorquina da Body & Soul, fez dessa banda de funk/soul dos anos 70. São flautas fraseando sobre loops e baixos gordos dançantes, confortáveis e bem polidos, orgânico e musical, delicioso! Danny comenta o re-release em sua primeira participação no Beats in Space, que rolou em março.

 

Leon Vynehall – Blush

Mr. Vynehall faz house music autoral, sinestésica, longe de fórmulas e, principalmente cheia de beleza. “Blush” é como uma viagem pelos céus da boa música eletrônica, por entre rajadas, alta velocidade, ecos pós-humanos e melodias que fazem a gente se sentir bem, amar e venerar a música. Toda essa ambientação positiva e bem decorada está em todo o EP “Rojus (Design to Dance), que você deveria escutar em repeat nas suas playlists.

 

Mr. Fingers – Nodyahed

Mr. Fingers ainda é muito lembrando pelo hitaço “The Sun Can’t Compare”, de dez anos atrás que ainda segue tocando, mas seu novo EP “Outer Acid” vai além da previsibilidade dance. “Nodyahed” é um sambinha sério, sisudo, instigante, que traz o batuque abrasileirado como cama de notas, efeitos e vocais que surgem vez ou outra. É de se imaginar como bons DJs mixariam essa cuíca obscura na pista.

 

Turbotito, Phillipi & Rodrigo – Canção Para Laia

Os Fatnotronics Phillipi & Rodrigo estão sendo tocados em todo lugar com sua ácida e maluca “Karma” (ouça aqui em nossa entrevista com eles). Eles estão empolgados e cheio de material novo dessa nova fase em que a dupla canta e faz a gente saborear uma dance music bem original e, melhor de tudo, bem brasileira, como em “Canção para Laia”, que está cheia de remixes, de gente como In Flagranti. Sucesso!

 

Cassius – Action ft. Cat Power, Mike D

Os franceses do Cassius escalaram a cantora Cat Power e Mike D, dos Beastie Boys, para cantar nessa divertida música, que chegou assim do nada com clipe e tudo. Achamos que o suingue bem-humorado e de big band lembra mais Basement Jaxx do que o “french touch” charmoso do Cassius, mas tá valendo, é tudo gente da pesada!

PS: adoramos o momentinho saxofone.

Huerco S. – The Sacred Dance

Encerramos nosso top 20 de novidades musicais dessa metade de 2016 com a bonita e plácida construção de música ambient do jovem produtor americano Huerco S. É impressionante a versatilidade de um produtor que faz house music lo-fi granular e cheia de verve, ao mesmo tempo em que, no seu último álbum, “For Those of You Who Have Never (And Also Those Who Have)”, ele equipara-se a Brian Eno, The Caretaker e The Orb na feitura de música sonhática, hipnagógica e líquida, que acalenta o lado mais branco da alma.

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