Relembre as 24 músicas mais gays da história pra você celebrar o Gay Pride – mesmo sem ser gay!

Las Bibas From Vizcaya
Por Las Bibas From Vizcaya

Olá meus zamores, deixe-me apresentar antes de tudo. Pra quem não me conhece me chamo Las Bibas From Vizcaya, sou de origem hispânica – sim, com passaporte cerejão para provar as origens, e venho a convite do site deleitar vocês, gays, héteros, lésbicas, trans, simpatizantes e até os sem gêneros com uma playlist de 24 músicas. A lista é para você fazer um esquenta no seu colorido lar com os amigos antes de ir pra Avenida Paulista celebrar a diversidade, o respeito e a igualdade entre todos, perante as entidades santificadas Cher e Madonna. Vamos à listinha…

1. “Finally” – CeCe Peniston – Vamos começar com clássico né? Porque quase toda boa lista começa já divando nos clássicos. Essa música, elevada a Hino pela comunidade, teve 2 booms de sucesso.. Em 1991 quando foi lançada e depois em 1994 quando foi incluída na trilha de “Priscila, Rainha do Deserto”. Duas décadas depois ainda surgem remixes e todas dublam.

 

2. “Groove Is In The Heart” – Deee-Lite – Tente não sorrir e pular quando você escuta as iniciais notas do baixo funky house-psicodélico sampleado deste hit atemporal, que é pura celebração da cultura clubber de Nova Iorque para o mundo.

 

3. “Sissy that Walk” – RuPaul – Eu poderia citar “Supermodel”, mas pra não me chamarem de velha, vou dar um update junto com a Mama Ru sempre bem dotada de frases de efeito. Desfile e duble pela sua vida com esse hit, se não… Sashay away!

 

4. “All the Lovers “ – Kylie Minogue A própria princesa do pop australiano afirmou que o vídeo de “All the Lovers” é uma homenagem ao seu fiel público gay. Uma pirâmide humana pansexual onde todo mundo se pega, se beija, se toca… Uiiii… delícia! Para completar, há também um cavalo a galope branco, uma pomba, balões e um elefante inflável. Mais gay impossível!

 

5. “Smalltown Boy” dos Bronski BeatO trio Inglês Bronski Beat foi pioneira na integração de mensagens LGBT ativistas e explícitas em sua música, incluindo este hit de estréia de 1984. O vocalista Jimmy Somerville tem um falsette inconfundível (oremos pra Melody não descobrir ele). “Smalltown Boys” fala sobre um rapaz que foge cidade natal porque sofre bullying (termo que nem existia na época), e com a dor e da rejeição Jimmy nos faz dançar freneticamente.

 

6. “George Michael” – Freedom! ’90 – Gritou por liberdade sem dó nem piedade das mulheres que sonhavam em tê-lo na cama. Vestiu-se de couro e encheu o vídeo de “Freedom” de top models como Campbell, Evangelista, Turlington, Crawford.

 

7. “Vogue” – Madonna – Foi gravada no auge da crise da AIDS dos Estados Unidos, inspirada pela cena gay underground Nova Iorquina. A sempre atenta e esperta rainha do pop puxou do guetto para o mainstream os passos de dança da comunidade negra, e claro deve ter assistido umas 5 vezes o filme de “Paris Is Burning”, fazendo da faixa em talvez seu maior hit gay de todos os tempos.

 

8. “Free” da Ultra Naté – Com seu riff de guitarra melancólico, já diz na letra a que veio: “ “Você tem que viver sua vida, fazer o que você quer fazer”. House em estado puro, que te faz jogar suas mãos no ar. Portanto, não se segure!

 

9. “Believe” – Cher – Além de No. 1 na Billboard, foi um dos singles mais vendidos de todos os tempos e elevou ainda mais o ícone pop e gay de Cher. O super hit de1998 é a jóia da coroa da eterna joven Cher, um Eurodance-Trash-Melodico cheio de Auto-Tune. Mas é Cher e a gente ama.

 

10. “Relax” – Frankie Goes To Hollywood – Com sua letra provocadora e sexualmente sugestivas, teve seu vídeo (que parecia um delírio de Fellini em versão Leather) proibido pela BBC e MTV, e mesmo assim a canção foi um sucesso e é um hino grudento até hoje.

 

11. “Grace Kelly” – Mika – Hit pop de 2007, meio que fala sobre uma luta interna para você mudar e encontrar a sua própria aceitação/condição. Profundo né? Pois é isso mesmo, e você cantarola aquela melodia fofinha achando que é mais uma musica de amor bobo.

 

12. “Hang With Me” – Robyn – Fala de relacionamentos abertos, one-night-stands e aquela coisa de que toda garota-goiaba (quase todas) adoraria ter um rala-e-rola com seu amigo gay gostoso…


13. “I Want to Break Free” – Queen – É da era pré-gay-publica do Freddie Mercury e o Queen fez um dos clipes mais gays do universo, todos travestidos de mulher gritando aos quatro ventos o refrão da música “eu quero me libertar”. Precisa explicar mais?

 

14. “Go West” – Pet Shop Boys – Difícil mesmo é achar uma musica “não gay” dos PSB, mais o dueto inglês ainda fez um cover do gayzérrimo Village People que retratou a utopia gay da cidade de São Francisco. O cover subiu de qualidade e ganhou uma leitura melancolia na voz de Neil Tennant.

 

15. “You Make Me Feel (Mighty Real)” – Sylvester – Não incluir Sylvester em uma lista deste porte seria injustiça-mor! Cantores abertamente gays na década de 70 eram uma raridade, agora imaginem que, além de gays, se montava, beirava a androginia, tudo no mesmo pacote e ainda exalando tudo isso em letras pra lá de sui-generis. Só podia virar hino né?


16. “A Little Respect” – Erasure – “Que religião ou razão pode levar um homem a abandonar seu amante?”, canta Andy Bell neste hino synth-pop clássico que apenas repete e repete pedindo pra todos (gays e héteros) “mostrarem um pouco de respeito”.


17. “Born This Way” – Lady Gaga – Seja cópia ou não de “Express Yourself “da Madonna, Gaga fez história com seu hit de 2011, com  sua letra movida pela mensagem de auto-aceitação. Fazia tempo que alguém não abria o jogo tão claramente sobre ser gay, se aceitar gay e gostar de ser gay.

 

18. “Y.M.C.A.” – Village People – Era um mix de fetiche cafona pra homens e mulheres . Tinha o cowboy, policial ou motociclista vestidos de couro cantando hits grudentos em duplos sentidos. Tipo, pouca gente sabe que “Y.M.C.A.” na verdade é a sigla de uma “Associação Cristã de Moços” lá nos Estados Unidos… Sacou a dualidade ?

 

Pra não reclamarem que só listei musica gringa, um tapa na cara da sociedade brasileira agora:

19. “Calúnias” – Ney Matogrosso – A coragem de Ney é inquestionável, desde sua época nos Secos e Molhados. Mas em 1983, “Calúnias”, uma balada kitsch com ares de cabaré, meio que virou música de chacota e bullying para os gays. Quem não sofreu uma chacota com essa música na escola, no trabalho daquele amiguinho hétero machista chato ?


20. “O Tempo Não Pára” – Cazuza – Já debilitado e sabendo que não tinha nada a perder, escancarou nos versos não apenas sua condição de gay: “Te chamam de ladrão, de bicha , maconheiro. Transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro” . Forte não ? E sobretudo segue atualíssimo!


21. “Paula e Bebeto” de Milton Nascimento – Lá de 1975 é tão gay, tão gay, que uma das suas frases virou frase de manifestação de parada gay nacional “ Qualquer maneira de amor vale a pena”.

22. “Joga arroz” – Tribalistas – Foi feita em comemoração ao casamento igualitário no Brasil. Marchinha de carnaval falando de união gay, que moderno não?

 

23. “Volta” – Johnny Hooker – E pensar que um dia um folhetim global (no caso outras músicas do Jhonny) fossem ser cantados pela massa…”Volta que o caminho dessa dor me atravessa, Que a vida não mais me interessa, Se você vai viver com um outro rapaz”.


24. E pra fechar claro, euzinha mesmo.. com meu hit-underwear “Calcinha no chão” by Las Bibas From Vizcaya, porque eu adoro falar de viadagens, mas que podem ser aplicadas a vida de qualquer pessoa deste país tão plurissexual, né? Faça o teste ! Troque o artigo “a” por “o” e veja se a letra não fala da sua vida?

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